A defesa do delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, suspeito de planejar a morte da vereadora Marielle Franco, pediu para prestar depoimento à PF (Polícia Federal).

Documento foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). A defesa alega que, embora tenha havido a determinação judicial que se ouvissem os investigados tão logo fossem realizadas as prisões, isso ainda não aconteceu, mesmo 30 dias após a deflagração da operação da Polícia Federal.

Defesa pede para que mulher também seja ouvida. Os advogados solicitam ainda para que Erika Andrade de Almeida Araújo, advogada, empresária e esposa de Barbosa, preste depoimento à PF e que medidas cautelares contra ela sejam revogadas.

A petição é assinada pelos advogados Marcelo Ferreira de Souza e Felipe Dalleprane, que fazem a defesa do delegado.

O QUE A PF DIZ SOBRE BARBOSA

O delegado é acusado de participar do planejamento do crime. Segundo relatório da corporação, ele atrapalhou as investigações das mortes de Marielle e do motorista Anderson Gomes.

Barbosa assumiu cargo na Polícia Civil um dia antes dos assassinatos. Ele foi nomeado pelo então interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro, o general Braga Netto.

Suspeito de receber propina para obstruir investigações. Em relatório enviado ao Ministério Público em 2019, a Polícia Federal apontou Barbosa como suspeito de receber R$ 400 mil para evitar o avanço das investigações sobre autoria. Delegado negou o recebimento de propina e a obstrução do caso, mas segundo a delação do ex-PM Ronnie Lessa, foi ele quem garantiu a impunidade do crime.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO