Uma pesquisa do Procon (Secretaria Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor), órgão vinculado à Sead (Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos), revela que os itens da cesta básica podem apresentar uma variação de até 159% nos preços praticados pelos supermercados em Campo Grande.

De acordo com os dados, entre os dias 15 e 24 de abril, quatorze estabelecimentos foram visitados, com 28 produtos listados no levantamento apresentando variações nos preços. Existe a possibilidade de que os valores tenham sido alterados.

Segundo o levantamento, os consumidores conseguem encontrar em supermercados de Campo Grande pacotes de feijão de um quilo entre os valores de R$6,95 e R$11,90. O arroz tipo 1, com cinco quilos, oscilou de R$21,90 a R$33,89. Já a farinha de mandioca branca, de um quilo, foi encontrada variando de R$6,95 a R$18,65.

Entre os itens de higiene e limpeza, o levantamento encontrou a maior variação em um único produto e marca. O creme dental apresentou uma diferença de 159,82%, com valores variando entre R$2,19 e R$5,69. Em seguida, o papel higiênico de folha dupla, com quatro unidades, variou entre R$3,75 e R$11,89. Dentro da mesma marca, a variação chega a 131,73%.

“Importante destacar que a pesquisa pode guiar os consumidores na hora da compra, mas leva também a refletir sobre os próprios hábitos de consumo em relação a marcas e preços”, avalia o secretário-executivo do Procon/MS, Angelo Motti.

Em caso de dúvidas, o levantamento completo sobre os itens da cesta básica, higiene e limpeza pode ser consultado no site do Procon de Mato Grosso do Sul.

Campo Grande é a 4º Capital com maior aumento no preço da cesta básica

Em fevereiro deste ano, a cesta básica comercializada em Campo Grande ficou 1,55% mais cara, e alcançou a variação de 7,24% no ano, o quarto maior aumento registrado no Brasil.

No ranking de maiores variações no preço, a Capital sul-mato-grossense aparece atrás apenas do Rio de Janeiro, que teve variação de 12,75 no ano; Belo Horizonte, que registrou aumento de 10,84%; e Salvador, que teve variação de 7,75%.

Com o novo aumento, Campo Grande tem a 5ª cesta básica mais cara do País, que é vendida a R$748,20 – valor que compromete 57,29% do salário mínimo.

O balanço foi divulgado nesta quinta-feira (7), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Variação mensal

Entre janeiro e fevereiro de 2024, o valor da cesta básica aumentou em 14 das 17 capitais pesquisadas.

Em Campo Grande, ela era vendida R$736,76 em janeiro, e passou a custar R$ 748,20 em fevereiro, valor que aponta para um aumento de 1,55%.

As únicas capitais que apresentaram reduções entre os meses foram Florianópolis, onde a variação de preço no conjunto de alimentos foi de -2,12%; Goiânia, com variação de -0,41%; e Brasília, que registrou variação de -0,08%.

Cesta básica x Salário mínimo
Levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário para comprar uma cesta básica.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO