A quem interessar os motivos pelos quais a prefeita Adriane Lopes (PP) é tão bem pontuada nas pesquisas de intenção de voto, basta checar as decisões que vem tomando desde abril de 2022, quando assumiu o cargo titular da chefia do Executivo. Ela é herdeira de um monstruoso caos nas finanças e nas bases estruturais de governabilidade. Mas não fez disso um pretexto e optou por governar e buscar soluções, ainda que demoradas.
Só agora, a oito meses de completar seu mandato, ela admite que só uma força extraordinária proposta pela família, pela sociedade e por sua fé inabalável garantiu o enfrentamento vitorioso de todos os desafios. Uma das lutas mais instigantes de Adriane é recompor as condições da cidade para retomar o ritmo de desenvolvimento, com uma dinâmica que não se refugiará em medidas paliativas ou demagógicas.
DEDICAÇÃO TOTAL
Para atingir este objetivo, cuja visibilidade cresce a cada dia, Adriane submeteu-se a renúncias de ordem pessoal e familiar para dedicar-se, com total concentração, nas demandas que afligem os campo-grandenses. Foi assim quando iniciou, nos primeiros dias de gestão, o reordenamento das finanças. O planejamento para vencer pressões sociais e econômicas que derivam da inadimplência e da escassez de recursos demonstrou a sua aptidão para governar sob as crises e manter o controle da governança.
Politicamente, não se deixou enredar pelos caprichos de grupos ou encargos alheios às suas responsabilidades. Evangélica, não fez da religião um fator de imposição administrativa ou política – e com isso ganhou o respeito e a admiração das mais variadas correntes. Declaradamente uma militante de direita, não-radical e conservadora, a prefeita alinhou-se aos vários segmentos ideológicos. E este perfil é tão exitoso que levou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a incentivar sua candidatura à reeleição, meta que é compartilhada pela senadora Tereza Cristina, a responsável pela sua filiação ao PP.
Agora, diante de uma crise instalada na saúde por causa de um surto sem precedentes de doenças respiratórias que provocou congestionamento nas unidades de assistência, Adriane decretou emergência de 90 dias para uma reengenharia no funcionamento do sistema. Uma solução inteligente e corajosa, porque evita saídas populistas e superficiais para assegurar às comunidades benefícios duradouros.