Agentes da Polícia Nacional e o Ministério Público seguem à procura dos assassinos do traficante Clemencio ‘Gringo Gonzales’. O chefão do narcotráfico foi executado por pistoleiros em bairro da periferia de Pedro Juan Caballero no último domingo (5).

Nesta terça-feira (7), foram realizadas buscas em um imóvel onde os pistoleiros teriam se encontrado para planejarem a execução de ‘Gringo’ que tinha ligação com o Comando Vermelho, mas também mantinha estreitamento com membros do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Segundo informações da polícia paraguaia, a casa onde os criminosos se reuniram fica a duas quadras de onde está localizada a mansão do traficante. Desde o assassinato do filho em Pedro Juan Caballero, em setembro do ano passado, ele não foi mais visto.

No entendimento da Polícia Nacional, ‘Gringo Gonzales’ foi traído por pessoas do seu próprio círculo familiar. Dono de propriedades luxuosas, ele foi executado enquanto estava sentado em um sofá de uma casa em condições precárias.

Quem era ‘Gringo Gonzales’

O traficante ganhou projeção na fronteira quando ocorreu o assassinato de Felicio Amado Acosta Martínez, motorista de ônibus que se envolveu em um acidente onde morreu Félix González, um dos irmãos de ‘Gringo‘.

Três dias depois, um grupo de assassinos invadiu a casa do motorista e o arrastou para um veículo. Horas depois, ele foi encontrado morto com vários tiros.

O corpo tinha mais de 50 buracos de bala. Naquela época, Clemencio Gringo González já era um dos homens mais procurados pela Polícia.

Ostentação

A crescente fortuna de Clemêncio ‘Gringo Gonzales’, segundo informações publicadas pelo Última Hora, começou a ser notada pelos luxos que ostentava e pelas suas excentricidades, que chamavam a atenção dos moradores.

O traficante construiu um casarão no bairro Jardín Aurora, na fronteira com Ponta Porã. No pátio ele levantou uma grande capela, que se assemelha ao modelo da Basílica e Santuário da Virgem de Caacupé.

Em 2015, se envolveu em escândalo que afetou a Polícia Nacional, devido ao roubo de mais de 250 quilos de cocaína na sede da Delegacia de Polícia de Amambay. Câmeras de segurança teriam flagrado González entrando no prédio e carregando pessoalmente as sacolas contendo as drogas.

Em 2017, sua casa foi invadida, mas ele não foi encontrado. Além disso, nesse mesmo ano, um caminhão de sua propriedade foi baleado por supostos membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) no bairro Salvado del Mundo, em Assunção.

 

FONTE: MIDIAMAX