A Fifa anunciou nesta quarta-feira a criação do primeiro Mundial de Clubes feminino, que será disputado entre janeiro e fevereiro de 2026. A sede da competição inaugural ainda não foi definida, mas a entidade planeja realizar o evento a cada quatro anos, seguindo um modelo semelhante ao do Mundial de Clubes masculino.

Participação e Critérios de Classificação

O torneio contará com 16 times, embora os critérios de classificação ainda não tenham sido determinados pelo Conselho da Fifa, que se reuniu em Bangcoc, na Tailândia, para discutir o assunto. Sem revelar maiores detalhes, a Fifa deve seguir, em parte, o formato planejado para o Mundial de Clubes masculino, que terá 32 clubes na primeira edição ampliada, prevista para acontecer entre junho e julho do próximo ano, nos Estados Unidos.

Conmebol e o Domínio Brasileiro

A Conmebol já manifestou interesse em assegurar quatro vagas na nova competição feminina. Nos últimos anos, o Brasil tem dominado o futebol feminino na América do Sul, vencendo as últimas cinco edições da Copa Libertadores. Destacam-se as finais brasileiras entre Corinthians e Palmeiras em 2022, e entre Corinthians e Ferroviária em 2019, com o Corinthians levando a melhor em ambas.

Poderio Europeu

Na Europa, os times dominantes no futebol feminino são Barcelona e Lyon. Desde 2011, essas equipes venceram 10 edições da Liga dos Campeões. Este ano, Barcelona e Lyon disputarão a final no dia 25 deste mês, em Bilbao, na Espanha.

Nova Competição Mundial Feminina

Além do Mundial de Clubes, a Fifa anunciou uma nova competição feminina de nível mundial a ser disputada a partir de 2027, nos anos em que não houver o Mundial de Clubes. Esta competição, com características de uma “Copa Intercontinental”, será realizada em dezembro e incluirá apenas os campeões continentais, reminiscentes do antigo formato do Mundial de Clubes masculino.

Valorização do Futebol Feminino

Os anúncios visam valorizar o futebol feminino, um objetivo antigo do presidente da Fifa, Gianni Infantino. O dirigente apresentou novas medidas focadas no calendário do futebol feminino, respeitando o descanso e os direitos das jogadoras que são mães, biológicas ou adotivas.

Medidas de Bem-Estar

“(As novas regras) Reconhecem as dimensões físicas, psicológicas e sociais no caso de incapacidade de prestar serviços de emprego devido a menstruação intensa ou complicações médicas relacionadas com a gravidez”, apontou a Fifa em comunicado. “(Vamos) Incentivar as associações (confederações) a facilitar o apego e o equilíbrio emocional das jogadoras com as suas famílias durante as partidas internacionais pelas seleções.”

Declaração de Infantino

Infantino tratou as novas medidas como um “marco importante” no futebol feminino. “O calendário de jogos internacionais femininos e as alterações subsequentes aos nossos regulamentos representam um marco importante no nosso compromisso de levar o futebol feminino para o próximo nível, aumentando a competitividade em todo o mundo, especialmente nas regiões onde o futebol feminino é menos desenvolvido, e protegendo o bem-estar das jogadoras”, declarou o presidente da Fifa.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO