As forças de segurança, tanto federal como estadual, estão trabalhando com diferentes investigações para apurar possíveis ações consideradas criminosas e que deram início a incêndios no Pantanal, em Mato Grosso do Sul. As Polícias Federal Civil, nas delegacias de Corumbá, estão com mais de 18 denúncias em andamento para averiguar como o fogo começou em diferentes propriedades. Alguns dos casos já foram convertidos em inquérito, enquanto outros estão em etapa de apuração.

O agravamento do fogo no bioma ocorreu em junho e dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa/UFRJ) mostraram que mais de 4% do Pantanal já queimou nos primeiros seis meses. Somente no mês passado, foram mais de 410 mil hectares.

Nos primeiros três dias de julho, foram devastados mais de 24 mil hectares. E os casos de fogo continuam. O sistema Pantanal em Alerta, do Corpo de Bombeiros e do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, tem identificado ao menos 500 focos de calor por dia neste começo do mês.

Neste ano, a Polícia Federal está com um gabinete que usa tecnologia para monitorar o início do fogo. Conforme apurado pela reportagem, há uma equipe de investigação da delegacia de Corumbá mobilizada para averiguar mais de 10 denúncias que já foram registradas.