Mato Grosso do Sul está em 6º lugar no ranking de estados brasileiros com menor taxa de analfabetismo em comunidades quilombolas, conforme dados divulgados pelo Censo Demográfico do IBGE (Intituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) 2022.
A pesquisa revela que dos 2.023 quilombolas com idade a partir de 15 anos ou mais, 1.850 sabiam ler e escrever um bilhete simples e 173 não souberam, ou seja, se encaixam no percentual de analfabetos (8,55%).
Importante destacar que a população de quilombolas em MS é de 2.737.054 pessoas. Cerca 91,45% dos quilombolas foram alfabetizados em no estado em 2022.
Sobre a alfabetização, apesar da porcentagem ser baixa, em comparação a outros estados, a quantidade de quilombolas não letrados é quase 1,6 vezes maior que a taxa estadual de analfabetismo estadual (5,39%).
Estados com menores taxas de analfabetismo
- Distrito Federal (1,26%);
- Amazonas (7,07%);
- Santa Catarina (7,57%);
- Rondônia (7,64%);
- Rio de Janeiro (8,33%)
- Mato Grosso do Sul (8,55%).
O estado de Alagoas é o que apresenta maior índice de analfabetos em Territórios Quilombolas (31,57%), se comparado com o total de quilombolas no país (18,99%). Na sequência, seguem Piauí (28,75%) e a Paraíba (26,87%).
Fora de Territórios Quilombolas oficialmente delimitados em MS, haviam 1.164 pessoas quilombolas de 15 anos ou mais de idade, das quais 1.067 sabiam ler e escrever um bilhete simples e 97 não sabiam.
Locais e regiões
O Brasil possuía 8.441 localidades quilombolas em 2022, com 7.666 comunidades declaradas pelos informantes do Censo Demográfico. A Região Nordeste possui o maior quantitativo de localidades identificadas, com 5.386 (63,81%) ocorrências, enquanto o Maranhão é o estado com o maior número, com 2.025 localidades (23,99%).
Em MS foram contabilizados 979.669 domicílios em 2022, segundo o Censo Demográfico. Em 1.064 destes havia pelo menos um morador quilombola. Destes, 423 ficam em Território Quilombolas e 641 ficavam fora.
Com isso, Mato Grosso do Sul tem 44,52% das pessoas quilombolas morando em território quilombola. Este é o segundo maior percentual entre as unidades federativas, atrás apenas de Sergipe (45,27%).
O maior percentual de pessoas quilombolas morando fora do território, foi obtido no Distrito Federal (100%), seguido de AL (98,17%). Outra análise que os dados permitem é a visualização das informações por Território Quilombola. A distribuição da população total e quilombola em cada território, por sexo do morador, está no quadro abaixo:
FONTE: CORREIO DO ESTADO