O empresário Gleison Luís Menegildo, suspeito de envolvimento na morte da adolescente Giovana Pereira, confessou em depoimento à polícia que entrou em “pânico completo” após usar cocaína e decidiu enterrar o corpo da jovem em seu sítio, localizado na zona rural de Nova Granada, interior de São Paulo. A informação foi obtida pelo UOL, que teve acesso ao inquérito policial.

No depoimento, Gleison relatou que ele e outro funcionário trocaram beijos com Giovana dentro da empresa onde trabalham. Segundo o empresário, Giovana estava no local no dia 21 de dezembro de 2023 em busca de uma vaga de emprego. Os dois teriam se conhecido 15 meses antes por meio de um aplicativo de relacionamento.

Conforme divulgado pelo UOL, Gleison revelou que, após consumir cocaína, informou à adolescente que não a contrataria. Ele então saiu da sala para buscar uma cerveja, deixando um frasco de cocaína no local. Ao retornar, foi informado por um funcionário que Giovana não estava se sentindo bem. De acordo com o relato de Gleison, a adolescente teria consumido a droga sem sua permissão e, aparentemente, sofreu uma convulsão que resultou em sua morte.

Ao perceber que Giovana estava morta, Gleison afirmou que entrou em pânico. Ele admitiu que, com a ajuda de um funcionário, colocou o corpo da jovem em sua caminhonete e, em estado de desespero, dirigiu até um sítio de sua propriedade para enterrá-lo. Inicialmente, ele pensou em jogar o corpo em um rio, mas optou por enterrá-lo no sítio com medo de que fosse descoberto.

O corpo de Giovana foi encontrado no dia 27 de agosto, após uma denúncia anônima à Polícia Militar. Os restos mortais, que já estavam em avançado estado de decomposição, foram localizados junto a pertences da vítima, como um anel, pulseira, celular, e uma mochila com roupas e maquiagens.

O caseiro do sítio confessou à polícia que ajudou a cavar a cova onde o corpo da adolescente foi enterrado. Ele relatou que, no dia 21 de dezembro de 2023, Gleison chegou à propriedade e pediu que ele cavasse um buraco, sem revelar o motivo. Mais tarde, o empresário admitiu que o buraco seria usado para enterrar um corpo, mas não especificou se a vítima era homem ou mulher. Posteriormente, Gleison teria retornado à propriedade em outras ocasiões para praticar tiro.

Ainda conforme o UOL, anto o empresário quanto o caseiro foram presos em flagrante por ocultação de cadáver, mas foram liberados após pagamento de fiança. O local onde o corpo foi enterrado passou por perícia e exames foram realizados pelo Instituto Médico Legal. O caso foi registrado na Delegacia de Nova Granada como morte suspeita, destruição, subtração ou ocultação de cadáver, e posse irregular de arma de fogo de uso permitido.

 

FONTE: MS NOTICIAS