Mato Grosso do Sul tem mostrado uma boa recuperação de seu pós-pandemia, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua, que mira o fluxo de turistas e mostra que os moradores sul-mato-grossenses voltaram a viajar mais do que a média nacional.

Conforme o balanço, divulgado hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – em convênio direto com o Ministério do Turismo – o crescimento do volume de viagens de moradores locais foi de 77,1%.

Se comparados com os índices do País, que também apresentou crescimento, porém de 71,5% – segundo o IBGE -, a taxa do volume de viagens de sul-mato-grossense fica mais do que 5,5 pontos percentuais a frente da média nacional.

Cabe apontar que esse levantamento é feito desde 2019, quando houve pesquisa de campo a partir do terceiro trimestre, informando viagens de três meses diretamente anteriores.

Justamente no ano seguinte houve a pandemia, quando as viagens de moradores de MS bateram 200 mil, caindo para 166 mil em 2021.

Diante do fim das restrições e classificação de emergência sanitária, ou seja, com o fim do “novo normal” vivenciado entre 2020 e 2021, em 2023 esse volume saltou para 294 mil, que corresponde a mais de 77%.

Para quem optou ficar em casa, os motivos variam, e 816 mil domicílios sul-mato-grossenses não tiveram nenhum de seus moradores viajando nos últimos três meses de 2023, número que também cresceu (sendo 796 mil registros em 2021).

Abaixo, o IBGE lista um quadro das categorias dos motivos das “não viagens” dos sul-mato-grossenses:

Desempenho de MS

Se lançado olhar para o Estado, a pesquisa mostra que pelo menos um morador de aproximadamente 216 mil domicílios do Estado disseram aproveitar viagem no período de referência do levantamento.

Em valores percentuais é possível notar a tendência de retomada, já que os índices desde a pandemia foram:

  •  2020 (16,5%)
  •  2021 (14,2%)
  •  2023 (20,9%)

Até nessa análise de residências, o índice sul-mato-grossense (20,9%) é maior que o nacional, de 19,8%, representado pelos 15,3 milhões dentro dos 77,3 milhões de domicílios brasileiros, onde houve viagem de pelo menos um habitante.

Do destino dos sul-mato-grossenses, a hospedagem é um dos gastos que tendem pesar menos para quase metade dos entrevistados, já que 46,9% disse que a casa de parentes ou amigos torna-se o abrigo durante as viagens.

Também, justamente essa visita aparece como principal razão motivadora das viagens dos sul-mato-grossenses, com o chamado “turismo profissional” sendo apenas 14% do total.

Com isso, 85,9% fizeram viagens pessoais, onde a maioria (36,8%) disse “pegar a estrada” para eventos de famílias e amigos; enquanto quase 25% buscou tratamento hospitalar fora de Mato Grosso do Sul e outros 31,5% viajaram por puro lazer.

Mesmo que o sul-mato-grossense experimente agora outros meios de viagem, o carro segue como transporte mais usado, sendo 61% aproveitando o veículo particular ou de empresa para os deslocamentos.

Ainda, é possível observar que o percentual total de viagens de avião subiu em MS, indo de 8,3% registrado em 2020 para mais de onze computados em 2023.

Ainda que “gastos totais em viagens nacionais com pernoite” coloquem Mato Grosso do Sul na 20ª colocação do ranking, os R$ 204,0 milhões conquistados por MS nessa categoria superam o estimado para 2021 em 105,3%.

Além disso, no quesito “valor médio de gastos por viagem com pernoite segundo a Unidade da Federação de origem” MS aparece com o 5º maior índice, sendo R$ 1.912 gasto em média por viajante.

Dos moradores locais que aproveitaram viagem vivendo com menos de meio salário mínimo, os gastos médios registrados beiraram R$ 762 gastos em 2023.

Na outra ponta dessa balança, sul-mato-grossenses que recebem quatro ou mais salários mínimos, segundo a pesquisa do IBGE, tendem a gastar 3,6 vezes mais, numa média de R$ 2 762.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO