A unidade iniciará suas operações com 850 reprodutores, com potencial de expansão conforme a demanda dos produtores.
A meta é introduzir os animais em dezembro e, a partir de fevereiro, iniciar a produção de sêmen, com uma capacidade de mais de um milhão de doses anuais. O foco principal será atender produtores de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.
Com equipamentos de última geração e alta tecnologia, a central será a primeira no Brasil a atender às novas normas de bem-estar animal. “Os suínos não ficarão em gaiolas, mas em baias de seis metros quadrados”, destacou Brun.
Sobre a escolha do local, o gerente ressaltou a importância estratégica de Mato Grosso do Sul. “Nós necessitávamos implementar uma unidade na região Centro-Oeste, e aí quando olhamos para a região de Mato Grosso do Sul, ela estava muito bem posicionada nessa questão logística”, afirmou.
Outro diferencial foi o rigor em biosseguridade.
“Precisávamos ter segurança da nossa unidade, da nossa produção. Era importante encontrar um local onde tivéssemos mão de obra disponível, fornecedores para atender a unidade, mas principalmente oferecer essa segurança sanitária para o nosso rebanho em produção. Tudo isso encontramos aqui em Mato Grosso do Sul”, acrescentou.
MÃO DE OBRA
A qualificação da mão de obra local já está em andamento. “Nossa mão de obra é bastante especializada. Estamos agora iniciando o processo de captação desse pessoal local com perfil adequado para este modelo de negócio”, explicou Brun.
Após a contratação, os funcionários passarão por treinamentos em outras unidades da empresa. A operação altamente automatizada irá gerar 20 postos de trabalho.
Para Marivaldo Miranda, coordenador de Pecuária da Semadesc, a central de produção completa o ciclo da suinocultura em Mato Grosso do Sul.
“O Centro de Fornecimento de Material Genético, mais especificamente sêmen de animais de altíssima qualidade, terá capacidade de atender não só o estado, mas também parte de Mato Grosso e Goiás. Isso gera empregos qualificados e nos coloca em uma posição de alta performance na produção de suínos”, destacou.
Rogério Beretta, secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável, reforçou a importância da iniciativa para o avanço da produção de suínos no estado.
“A escolha de MS para abrigar essa central mostra a relevância da segurança sanitária, da oferta de matéria-prima e do alto nível de biosseguridade local. Tudo isso fortalece a suinocultura e os produtores do Mato Grosso do Sul”, concluiu.
R$ 50 milhões em investimentos
Com investimento de R$ 50 milhões e capacidade de atender 120 mil matrizes suínas por ano, a unidade da Agroceres PIC será inaugurada ainda neste ano, no fim de novembro.