A Prefeitura de Campo Grande (MS), sob a gestão de Adriane Lopes (PP), perdeu R$ 150 milhões do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo do presidente Lula (PT). Esse recurso seria destinado à finalização da obra na Avenida Ernesto Geisel, uma das mais importantes da capital sul-mato-grossense, que está interditada desde 5 de agosto de 2024, entre o início da quadra na Rua Abolição e o final da quadra da Rua Bom Sucesso.

No local, a empresa HF Engenharia e Construção deverá utilizar R$ 20,9 milhões obtidos por meio do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa), da Caixa Econômica Federal. Até o momento, foram pagos R$ 4.681.437,81 à empresa, e mais R$ 9.312.631,96 estão empenhados.

O recurso do PAC, ao contrário, não geraria uma dívida para o município, já que o programa oferece verbas sem ônus para o cofre do beneficiário. Em entrevista, o vereador Landmark Rios (PT) afirmou que a conquista dos R$ 150 milhões foi resultado de um esforço significativo das bancadas estadual e federal, especialmente do deputado Vander Loubet. “No entanto, a prefeita não enviou um projeto de qualidade e, ao invés disso, contraiu dívidas. Isso acaba prejudicando a cidade e afetando negativamente a população, os comerciantes da região e todos os campo-grandenses que utilizam a avenida no dia a dia”, declarou o vereador.

De acordo com o vereador, a obra deve se arrastar por mais um ano – a previsão da empreiteira é que a conclusão aconteça em fevereiro de 2026 – e deixará uma dívida significativa para o município, que poderia ter sido quitada com o recurso do PAC. “A oportunidade de finalizar a obra sem causar um rombo no cofre foi perdida. O PAC oferecia essa possibilidade, mas agora perdemos essa chance de avançar de forma equilibrada financeiramente”, afirmou Rios, que tem experiência como servidor público estadual.

Após a perda do recurso do PAC, o Ministério das Cidades ofereceu uma nova oportunidade, porém com condições mais rigorosas. Agora, será necessário buscar financiamento por meio do Fundo de Garantia Social (FGTS).

O Ministério das Cidades informou que a obra continua listada no PAC, dentro do Eixo Cidades Sustentáveis e Resilientes, Subeixo Prevenção a Desastres – Drenagem Urbana, mas para ser concretizada, depende de autorização legislativa e de trâmites para aprovação pela Caixa Econômica Federal. Além disso, esse tipo de financiamento geralmente exige contrapartida do ente beneficiado. “Esperamos que a cidade consiga esse financiamento, e na Câmara Municipal faremos o possível para apoiar esse processo. Nosso objetivo é garantir o avanço da cidade. A população precisa entender que a eleição já passou, e que erros como esse, como a perda de recursos, acabam prejudicando a todos”, concluiu Landmark Rios.

 

FONTE: CAMPO GRANDE POST