A primeira audiência de instrução e julgamento de William Goes Abbade, 36 anos, foi marcada para o dia 14 de agosto, pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

Abbade é o motorista de um Ford Ka que, durante a disputa de um racha na Avenida Júlio de Castilho, perdeu o controle da direção e bateu em um poste de energia elétrica, no dia 16 de abril deste ano.

O carro dele era ocupado por sete pessoas, incluindo ele. Uma das passageiras, Roberta da Costa Coelho, 25, morreu na batida.

O motorista também sofreu ferimentos e ficou internado por vários dias, sob escolta policial, devido a ter sido decretada prisão preventiva na audiência de custódia.

Em maio, ele teve a prisão domiciliar deferida pela Justiça, a qual começou a ser cumprida no mesmo mês, após alta hospitalar.

William foi denunciado por homicídio doloso, tentativa de homicídio, disputar racha e dirigir com capacidade psicomotora afetada em razão da influência de álcool.

Além de Abbade, também responde ao processo o motorista do outro carro que apostava o racha, Olliver Richerd Ferreira de Souza, por participar de racha, não prestar ou solicitar socorro às vítimas e dirigir sem CNH.

O caso

O acidente ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, em trecho da avenida Júlio de Castilho, região do Jardim Panamá.

Segundo a denúncia, Roberta estava com o namorado em uma tabacaria e, quando decidiram se retirar do local, encontraram um amigo e William bebendo do lado de fora.

Eles passaram a conversar e o motorista ofereceu carona até a casa da jovem, que aceitou.

Os quatro entraram no Ford Ka, onde já havia outras três pessoas.

Mesmo tendo bebido, William assumiu a direção e, durante o trajeto, um veículo Gol emparelhou com o Ka e começou a acelerar, iniciando uma disputa de corrida em alta velocidade na avenida.

Além da alta velocidade, os motoristas também furaram sinal vermelhos e o Ford Ka acabou por colidir em um poste de energia elétrica.

Roberta morreu na hora e os demais ocupantes do carro foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados para hospitais da cidade.

O carro estaria trafegando a uma velocidade superior a 100 km por hora na via que permite 50 km por hora.

A polícia identificou a placa do carro que concorria com o Ford e o motorista foi identificado e preso dias depois.

Por serem crimes graves, o motorista do Ford Ka teve a prisão decretada, sendo a mesma substituída por prisão domiciliar posteriormente.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO