O juiz Aluizio Pereira dos Santos, decretou na manhã deste sábado (30), em audiência de custódia, prisão preventiva contra mãe e filha, Lucimara Rosa Neves (43) e Jéssica Neves Antunes (24), que haviam sido presas em flagrante nesta semana por tramarem a morte da pecuarista Andreia Aquino Flores, 38, morta por esganadura na última quinta-feira (28).
As duas trabalhavam na casa da vítima e, pelo apurado até agora, elas queriam arrancar dinheiro da patroa, em torno de R$ 20 mil, numa das versões. O homem que teria efetivado o crime, Pedro Benhur Ciardulo, está foragido.
Para manter mãe e filha na cadeia, o magistrado afirmou que “o fato delituoso é grave, foi praticado mediante violência ou grave ameaça à pessoa, de modo que infiro não ser recomendável a concessão de medidas cautelares mais brandas”. A prisão preventiva não pode ser revogada automaticamente após o prazo de 90 dias.
Pelo narrado por mãe e filha, elas articularam, na quinta de manhã, simular um assalto à casa da pecuarista, situada no bairro Cachoeira, parte nobre de Campo Grande. As duas agiam como empregadas domésticas da vítima. Elas saíram de casa no carro da chefe e foram até um supermercado. Na volta trouxeram consigo Benhur Ciardulo, como se ele tivesse dominado elas e quis assaltar a pecuarista.
A versão caiu logo no início das investigações. No estacionamento do supermercado, os policiais notaram que uma das mulheres abriu o carro para o homem entrar. Em casa, a pecuarista tentou se defender do criminoso, mas foi morta por esganadura.
Outras investigações
Além dessa versão, a polícia suspeita que uma das irmãs da vítima, também pecuarista, estaria implicada no caso. As irmãs brigava na justiça por uma quantia milionária. A irmã suspeita devia à vítima em torno de R$ 5 milhões e queria se livrar da conta. A dívida teria a ver com negócios ligados a gado.
Na madrugada deste sábado (30), a liberdade provisória da diarista, presa em flagrante, acusada de envolvimento na morte da pecuarista Andreia Aquino Flores na última quinta-feira (28).
De acordo com os documentos acrescidos ao processo, a acusada encontrava-se recolhida na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Roubos e Furtos (DERF) e posteriormente foi encaminhada para a 2ª Delegacia de Polícia Civil.
Entre as principais alegações da defesa de Jéssica constam que “a parte acusada não intentou nenhum ato de asfixia contra a vítima, mas o contrário..pediu para “parar com aquilo, pois a mataria se continuasse”. Além da colocação, a defesa solicita a liberdade de Jéssica sob monitoramento eletrônico, uma vez que “a parte acusada sequer possui antecedentes criminais anotados”, diz outro trecho do arquivo.
A defesa de Jéssica Neves alegou que além da não participação direta na morte da pecuarista, Jéssica realiza limpezas “esporadicamente, com intuito de garantir renda extra, e ainda labora junto de seu companheiro montando e fritando pastéis em sua confecção autônoma .. com o objetivo de prover o sustento de sua família”
Além da colocação, a defesa alega que Jéssica não reside mais em Ponta Porã, e sim em Campo Grande, e trabalha para sustentar outros dois filhos pequenos.
FONTE: CORREIO DO ESTADO