O membro do Primeiro Comando da Capital (PCC), Guilherme Azevedo dos Santos, conhecido por “Gibi/Execução”, teve uma carta interceptada pela direção do Presídio Gameleira, segurança máxima de Campo Grande.
“Possesso com a polícia, com o promotor de justiça, se puder eu vou ceifar todos igual eu fiz com o Júnior há uns sete anos”, diz trecho da carta, destinada à namorada, que segundo ele, estaria reclusa em outro sistema prisional de MS.
Entre outras informações, a polícia disse que a carta possui “trechos terroristas, atentatórios à estabilidade das instituições constituídas, fazendo referência hostil ao Dracco, Sejusp, Ministério Público, Poder Judiciário e polícias em geral, motivados pelo inconformismo com a notícia do requerimento de sua remoção para presídio Federal”.
O detento disse estar preocupado com seu destino dentro do sistema penitenciário. Entre as localidades possíveis, acredita que seguirá para Mossoró, Catanduvas, Porto Velho ou Brasília.
Segundo ele, o pedido da transferência foi realizado pelo Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), e acatado pelo Ministério Público.
“O Dracco fez o pedido para eu ir para a Federal, o MP acatou e eu aguardo vaga em uma dessas federais citadas acima”, diz outro trecho da carta.
“Não sei se você viu algo sobre mim no jornal…que seria transferido para a Federal, eu no comando das cidades estou aqui..isolado. É uma cela individual para cada”, disse Guilherme Azevedo.
Denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPMS), Azevedo foi detido anteriormente com um bilhete onde instruía outros membros a criar explosivos, e informava sobre atentados contra forças policiais.
O documento será encaminhado à perícia da Polícia Civil.
FONTE: CORREIO DO ESTADO