Na tarde desta segunda-feira (8), a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF) declarou como concluído o inquérito sobre a morte de Andreia Aquino Flores, pecuarista de 38 anos, assassinada no dia 28 de julho.
Lucimara Neves, Pedro Benhur Ciardulo e Jéssica Neves Antunes foram indiciados pelo crime de latrocínio consumado, qualificado como roubo seguido de morte. O procedimento investigatório foi encaminhado ao Poder Judiciário.
Segundo Francis Flávio, Delegado Adjunto da DERF, a apuração mostrou que quem orquestrou a ação foi Lucimara, funcionária da vítima. Ela teria agenciado sua filha, Jéssica, e seu cunhado, Pedro, para realizar o crime.
A investigação revelou que o crime foi planejado no dia anterior à execução, e que momentos antes a funcionária da vítima havia tirado o cachorro da residência, e o levado a um pet shop, com o intuito de facilitar a ação criminosa.
O trio ameaçou a vítima com um simulacro de arma de fogo e uma faca, na tentativa de forçá-la a realizar uma transferência bancária de R$50.000,00. O dinheiro seria creditado na conta de Jéssica, que sacaria o valor. O plano era simular um assalto à Jéssica, como se ela também fosse “obrigada” a sacar este dinheiro. A quantia seria dividida entre os três, sendo que Lucimara ficaria com R$30.000,00 e os outros dois com R$10.000,00 cada.
Andreia reagiu ao assalto e foi morta por Pedro, asfixiada. O criminoso roubou objetos eletrônicos avaliados em R$15.500, sendo um MacBook, dois celulares da Apple e uma caixa de som da JBL, que foram recuperados pela polícia.
Na fossa da casa de Jéssica foram encontradas duas carcaças dos aparelhos celulares da vítima, além de pedaços de fita isolante, idênticas às encontradas no local do crime e utilizadas para amarrar Andreia. Nos fundos do imóvel, em um terreno baldio, os policiais também encontraram carcaças dos aparelhos celulares de Lucimara e Jéssica.
Envolvimento da irmã
Em seu depoimento, Lucimara havia afirmado que a irmã da vítima teria oferecido dinheiro para que ela desse “um susto” em Andreia. A motivação seria a assinatura de um documento de quitação de dívidas.
Em depoimento, a irmã da vítima confirmou que ofereceu dinheiro à Lucimara, com a finalidade de intermediar um acordo com Andreia. A irmã alegou que através disso pretendia se ajustar com ela, já que os advogados da vítima impediam as transações familiares. A irmã negou ter conhecimento de que a vítima sofreria “susto” ou qualquer violência.
FONTE: CORREIO DO ESTADO