Além do aumento do número de veículos furtados em Campo Grande, a Capital sul-mato-grossense também apresenta maior índice de furtos gerais registrados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Em comparação aos primeiros sete meses do ano de 2021, Campo Grande teve aumento expressivo de 32% nos crimes de furtos.

Conforme as estatísticas, no mesmo período, o ano de 2022 já supera o anterior, em 2.724 casos. O ano de 2021 catalogou 8.303 casos contra 11.027 registrados este ano.

Em 2022, a Secretaria contabilizou, no mês de julho, 1.548 registros. O índice é 34% maior do que o notificado em 2021, com 1.149 casos. Além disso, a taxa observada em 2022 é a maior no mês de julho registrada nos últimos quatro anos.

Na somatória geral, o ano de 2021 catalogou 15.323 ocorrências de furtos. Este ano, o número já alcança a casa dos 11.831 casos, registrados pela Sejusp até o dia 20 de agosto.

Mato Grosso do Sul

No Estado, o cenário não é diferente. Este ano a taxa de furtos aumentou 21%, passando de 17.887 em 2021 para 21.768, até o sétimo mês de ambos os períodos. Até o dia 20 de agosto, Mato Grosso do Sul contabilizava 23.388 casos. Em 2021 a soma geral dos doze meses ficou em 32.295.

Caso as estatísticas se mantenham, 2022 ultrapassará o índice geral observado no ano anterior, visto que em 2021 os últimos 5 meses registraram 14.408 mil ocorrências e para chegar a número geral de 32.295, o ano de 2022 precisará de apenas 10 mil casos.

Relembre

Conforme publicado pelo Correio do Estado na edição do dia 17 deste mês, o índice de furtos de veículos registrados este ano em Campo Grande é o maior dos últimos 10 anos, com 1.356 casos catalogados até julho pela Sejusp. O aumento devido, não somente ocorrências, mas também aos acidentes, fizeram com que seguradoras aumentassem 30% do valor para resguardar os veículos.

A Polícia Civil da Capital ressaltou que os furtos acontecem mais na região central da cidade, especificando que os casos mais frequentes são registrados no entorno da Santa Casa de Campo Grande e na região da Avenida Afonso Pena com a Avenida Ernesto Geisel. O departamento acrescentou que o crescimento de furtos nos últimos 10 anos pode ser atribuído ao aumento do número de veículos circulando e a constantes tentativas de golpes em seguradoras.

Furto

O crime de furto é descrito no código penal brasileiro, por meio do Decreto-Lei nº 2.848, como subtração, ou seja, diminuição do patrimônio de outra pessoa, sem que haja violência.

Ele está tipificado por três critérios: Furto Simples, Furto Qualificado, que considera a forma de subtração mais grave, como destruição de fechadura, abuso de confiança, entre outros; e Furto de Coisa Comum, que consiste na conduta de subtrair coisa que o próprio autor é “dono”, conjuntamente com outra pessoa.

Furto simples, pena de reclusão de um a quatro anos e multa; Furto Qualificado três a oito anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; Furto de Coisa Comum: detenção de seis meses a dois anos, ou multa.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO