Tal qual o futuro distópico da série de filmes com Mel Gibson, a gasolina já é considerado item precioso no Brasil, o que levou a Polícia Federal a deflagrar, na manhã desta quarta-feira (31) a terceira fase da operação Mad Max, em combate à venda clandestina de combustível.

Segundo informações da PF, todo o combustível que estava sendo comercializada de forma clandestina, em alguns pontos de Corumbá; Ladário e Porto Esperança, era trazido das cidades bolivianas de Puerto Quijarro ou Puerto Suarez.

Ainda, a operação detalha que a intenção do grupo era, justamente, utilizar veículos – muitas vezes modificadas – para ir até o país vizinho e trazer o combustível para o Brasil, com a ideia de armazenar e vender do lado de cá da fronteira.

Armazenados em galões dos mais variados tipos – que vão desde tambores metálicos, plásticos, até os famosos garrafões azuis de água -, o combustível era revendido muitas vezes em garrafas pets ou galões menores.

Ainda, conforme a Polícia Federal, o cliente ainda tinha a possibilidade de abastecer no próprio local.

Vale ressaltar que, outras duas fases da Mad Max foram deflagradas, em agosto de 2018 e março de 2019, sendo que a polícia apura que essa prática criminosa aconteça, na região, há pelo menos cinco anos.

Balanços

Somadas as operações Mad Max de 2018 e 2019, cerca de 900 litros de combustível foram apreendidos em cada ano, segundo equipe responsável pela comunicação social da PF-MS

Além do combustível, na edição deste ano, a Polícia Federal apreendeu um revólver calibre 38, com três munições intactas, além de uma grande quantia em cédulas brasileiras, bolivianas e até norte-americanas, assim como cigarros contrabandeados.

Já em 2022, a operação Mad Max III apreendeu uma litragem total maior que os dois anos anteriores somados, sendo 1.891 litros de combustível neste ano, além de 5 veículos que eram utilizados para transportar o combustível da Bolívia para o Brasil.

Vale ressaltar que, os investigados podem responder pelos crimes de contrabando, importação ilegal de combustível, por armazenar substância tóxica irregularmente e qualquer eventual crime ambiental que possa ser encontrado no decorrer da investigação.

Importante frisar também que, as cargas de combustíveis precisam seguir as confirações estipuladas pela Receita Federal. Com isso, para o transporte regular, é necessário ter a licença da Agência Nacional de Petróleo (ANP), e  uma declaração de importação registrada. (Colaborou Rodolfo César)

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO