Jorge Zacarias, de 63 anos, foi preso na manhã desta terça-feira (13), em sua casa, em Dourados, cidade a 251 quilômetros de Campo Grande. O cumprimento de mandado foi feito por policiais do Setor de Investigações Gerais (SIG) e da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) de Fátima do Sul.
A denúncia foi registrada na DAM de Fátima do Sul, cidade em que a vítima, uma adolescente de 15 anos, reside. Segundo ela, os abusos começaram há mais de dois meses, mas ficaram mais intensos no dia 26 de agosto, data em que ela denunciou o crime à família e decidiu levar o caso à polícia.
O psicólogo, especializado em hipnoterapia educativa, tentava aplicar as técnicas nas vítimas e se aproveitava das situações de fragilidade para cometer os abusos. Segundo informações, ele chegava a afirmar que ninguém acreditaria nas vítimas, já que era a palavra dele contra as delas.
No início das investigações, foi identificada uma outra ocorrência contra Jorge Zacarias, registrada em 2013, o acusando de estupro. Foi a partir daí que a delegada Gabriela Vanoni, que investiga o caso, solicitou a prisão do suspeito.
O psicólogo está detido na 1ª Delegacia de Fátima do Sul e deve cumprir mandado de prisão temporária por 30 dias. A polícia segue investigando o caso.
Novas denúncias
Depois que o caso se tornou público, mais duas mulheres foram à delegacia para fazer denúncias contra o mesmo psicólogo. Além disso, a polícia procura por outras vítimas que relataram ter sido abusadas por Jorge Zacarias em suas redes sociais.
A delegada Gabriela Vanoni reforçou que as vítimas devem procurar pela polícia, e garante que elas serão acolhidas.
“Nesses casos, a palavra da vítima tem especial relevância e a Polícia Civil está presente para acolher essas mulheres. Acredita-se que com a prisão dele, outras vítimas aparecerão para relatar os abusos”, pontuou.
Denúncia Anterior
Em 2013, uma vítima do psicólogo registrou um Boletim de Ocorrência contra ele. Na ocasião, a jovem de 22 anos estava em uma de suas primeiras sessões de hipnose, quando foi tocada nas coxas e na barriga pelo psicólogo.
Ainda segundo a vítima, na sessão seguinte ele a alertou que seria uma sessão mais profunda que as anteriores, e começou a hipnotizá-la. A vítima, no entanto, tentou ficar consciente, ainda com medo do ocorrido na sessão anterior.
Durante a consulta, o psicólogo tentou despir a vítima, que se levantou, exigindo que pudesse sair da sala. O psicólogo ainda teria tentado impedir que ela saísse, dizendo que ela havia entendido a situação de maneira equivocada.
FONTE: CORREIO DO ESTADO