O juiz Cláudio Muller Pareja é quem vai conduzir o julgamento de dois homens implicados no crime ocorrido 11 anos atrás, em Sidrolândia, cidade distante 70 quilômetros de Campo Grande, lugar onde uma estudante de Direito, à época com 19 anos de idade, foi morta num procedimento de aborto e teve o corpo escondido numa lavoura perto da cidade.

A sessão começa às 9 horas e não tem horário para acabar.

Sentam-se no banco dos réus Hugleice da Silva, 38, cunhado da vítima, Marielly Barbosa Rodrigues e o enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes, de 51 anos.

Pelo apurado, Hugleice teve um romance com a cunhada – irmã da vítima – a engravidou, depois optou pelo aborto, procedimento pelo qual pagou R$ 500.

Mesmo tendo confessado o crime – o cunhado teria ocultado o corpo – ele manteve o casamento com a irmã da vítima.

Os dois foram morar em Rondonópolis, cidade de Mato Grosso. Contudo, Hugleice tentou matar a mulher anos depois, foi preso e condenado em novembro de 2020, quase dois anos atrás, a 12 anos de prisão.

Hoje, ele cumpre prisão no estado vizinho por tentar matar a companheira com facadas.

Esse crime comoveu a população de Campo Grande, onde a estudante morava e a de Sidrolândia, onde ocorreu o crime.

Nos dias que a família procurava por informações sobre o paradeiro de Marielly, inclusive com passeatas pela cidade, promovidos por amigos e parentes da vítima, Hugleice, que depois foi encarcerado, participava dos atos como se nada tivesse com o caso.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO