Na manhã desta terça-feira (01) os policiais do Batalhão do Choque tiveram que realizar intervenção no ponto de bloqueio dos caminhoneiros na BR-163 Km-90 em Campo Grande, após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

Houve resistência para a liberação e os policiais precisaram utilizar armas não letais, como o gás lacrimogêneo.

Além do Choque, também havia viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF), para auxiliar na dispersão dos veículos nas rodovias.

De acordo com o inspetor da PRF Tércio Baggio, os integrantes dos bloqueios foram informados sobre a decisão judicial durante a madrugada.

“Nós informamos os manifestantes como sempre fizemos independente do lado político. A diferença é que com os caminhoneiros existe uma ferramenta a mais, que é a placa do veículo. Fica vinculado ao CPF da pessoa e essa multa realmente faz uma pressão maior do que uma manifestação só com pessoas”, comenta Tércio.

A multa prevista é de 100 mil reais por dia para pessoa jurídica e 10 mil para pessoa física, com validade a partir da meia noite de 1 de novembro, caso haja permanência.

A ação que ocorreu no Km-90 pode se repetir em outros pontos caso não haja a liberação pacífica. “A gente permanece aqui em reunião para decidir e analisar a  movimentação agora pra ver se tem mais algum ponto que está bloqueado pra gente fazer essa atuação também”.

O inspetor enfatizou que o ponto não é impedir a pessoa de se manifestar, só querem que não haja bloqueio das rodovias.

Mesmo com a determinação do STF emitida no começo da noite de segunda-feira (31) ainda havia na manhã desta terça-feira (01) pontos de interdição com apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. O motivo dos bloqueios é a insatisfação com os resultados das Eleições Gerais 2022.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO