Entre os 10 nomes que integram o secretariado do governo de Reinaldo Azambuja (PSDB), ao menos quatro devem seguir no primeiro escalão do governador eleito Eduardo Riedel, também tucano, conforme apurou o Correio do Estado com integrantes da atual gestão e dos partidos que disputaram os dois turnos com a coligação de Riedel, Trabalhando por Um Novo Futuro, como PSDB, Cidadania, Republicanos, PP, PSB, PL e PDT.

O nome mais forte entre os secretários de Azambuja que deve seguir na gestão de Riedel é Jaime Elias Verruck, titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro).

Verruck é um dos secretários mais próximos do governador e também coligado a Riedel. Ex-diretor corporativo da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems), é economista e doutor em Desenvolvimento e Planejamento Territorial pela Universidade Complutense de Madrid (UCM).

Integrantes da coligação e do governo de Riedel concordaram em falar com a reportagem, mas não autorizaram a publicação de seus nomes. Todos concordaram que Verruck deve ser, “ou já foi”, convidado para compor o governo de Riedel. “Depende só dele”, disse um membro do atual governo.

A reportagem tentou conversar ontem à tarde com Verruck, mas ele não foi localizado.

SEGURANÇA

O nome do vice-governador eleito José Carlos Barbosa, o Barbosinha, do PP, tem sido, segundo a coligação de Riedel, “especulado” como provável secretário de Justiça e Segurança Pública. No primeiro mandato de Azambuja, Barbosa já chefiou a Pasta em questão.

Alguns integrantes do primeiro escalão de Azambuja disseram que Riedel estaria em dúvida quanto ao preenchimento da vaga da Secretaria de Justiça.

Isso porque, até agora, ele estaria interessado na permanência de Antônio Carlos Videira, no quadro da Polícia Civil de MS há três décadas. O assunto deve ser definido entre os partidos que firmaram aliança com o PSDB.

GOVERNO

Outra dúvida do eleito Riedel tem a ver com a Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica (Segov), hoje chefiada por Eduardo Rocha.

Rocha era deputado estadual do MDB até dezembro do ano passado, mas deixou o mandato para se juntar ao estafe do governo de Azambuja. Nem sequer disputou a reeleição, porque quis seguir na secretaria.

Fora a opção de Riedel, estariam de olho na Segov os partidos aliados do PSDB: Cidadania, Republicanos, PP, PSB, PL e PDT.

O ex-secretário da Casa Civil do governo de Azambuja Sérgio de Paula também tem sido lembrado por aliados dos tucanos. De Paula deixou a secretaria e o comando estadual do PSDB, hoje presidido por Azambuja, e foi fazer campanha eleitoral, principalmente no interior do Estado, para Riedel.

Com a eleição do tucano, de Paula fica “disponível” para o cargo, mas não é decisão certa, segundo pessoas ligadas ao governador eleito.

FAZENDA

Fontes ouvidas pelo Correio do Estado nem quiseram arriscar quem vai chefiar a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz). Há quem aposte que um dos nomes que tem sido avaliado por Riedel seria o deputado estadual Paulo Duarte, do PSB, que não conseguiu a reeleição. O deputado já atuou na Sefaz.

Riedel também estaria com dificuldade de definir quem vai comandar a Secretaria de Estado de Infraestrutura, que já foi conduzida pelo governador eleito. “Não por falta de nomes, e sim por excessos”, disse um dos colegas de Riedel e ainda integrante do primeiro escalão do governo de Azambuja.

Em reuniões reservadas entre o governador eleito e os partidos aliados antes do desfecho do segundo turno, segundo as fontes que conversaram com a reportagem, os assuntos tratados não tinham como foco nomes para dirigir secretarias.

“Falavam muito em projetos, prioridade de governo, metas, mas nomes, que eu saiba, ainda não”, disse um aliado do governo de Azambuja.

“Mas, claro, que em uma disputa eleitoral, formação de alianças, cada legenda traça seus objetivos, entre os quais, pensando lá na frente, ganhar uma secretaria”, afirmou a fonte.

DESCANSO

Eduardo Riedel disse que deve tirar uns “dias de férias”, mas retorna logo, avisou.
O governador eleito afirmou que “ele mesmo” vai chefiar a equipe de transição com o governo de Reinaldo

Azambuja. Assume o governo no dia 1º de janeiro, daqui a dois meses. Seu secretariado deve ficar conhecido já no início de dezembro, segundo informações de pessoas próximas a ele.

 

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO