O presidente da Câmara dos Vereadores de Campo Grande, Carlos Augusto Borges, o Carlão, do PSB, disse que vai aguardar na sessão de amanhã, terça-feira (7), a manifestação de parlamentares que, na semana passada, afirmaram que pretendem mover uma representação contra o vereador Sandro Benites, do Patriota, por ele ter subido em um trio elétrico e, em frente a uma multidão de bolsonaristas descontentes com a vitória de Lula, que se concentraram em frente a um quartel do Exército e sugeriu o retorno do regime da ditadura.
Entre os vereadores que discordaram do discurso de Benites, professor André Luis, do Rede, é um deles. O argumento do vereador bolsonarista foi tida como antidemocrática por não aceitar a eleição legítima do petista Lula, que derrotou o presidente Jair Bolsonaro, do PL.
O pedido de representação quer que seja avaliada a atitude de Benites e se cabe cassação do parlamentar.
De acordo com o Carlão, se houver alguma representação na Casa, ele vai acionar a procuradoria jurídica da Câmara para ver que providência tomar primeiro.
“Não sou lulista, petista, mas o que ele [Benites] fez foi pedir uma intervenção militar, um erro”, afirmou o presidente da Câmara.
Quarta-feira passada, Sandro Benites subiu num trio elétrico, em frente a um dos quartéis do Exército, na Avenida Duque de Caxias, e disse: “nós, campo-grandenses, patriotas, humildemente, pedimos socorro, nos livre desse mal, e juntos não aceitamos ser governados por um ladrão, por um narcotraficante, nos ajude, general”. Dizeres do parlamentar foram exibidos nas redes sociais de Benites.
O período da ditadura foi um dos períodos mais deturpados da história política brasileira. Durou de 1964 a 1985. Mandavam no país generais do Exército. E quem protestou contra o regime foi duramente punido, muitos deles com a morte.
FONTE: CORREIO DO ESTADO