Um ano e três meses atrás, no dia 21 de agosto de 2021, uma indígena de 11 anos de idade, guarani-kaiowá, da aldeia Bororo, em Dourados, cidade situada a 250 quilômetros de Campo Grande, foi achada morta numa pedreira perto de paredões de 20 metros de altura.
Antes de lançada no despenhadeiro, ela foi estuprada por cinco pessoas, três deles adolescentes e dois adultos, um dos quais de 34 anos de idade, tio dela. Nesta quarta-feira, o pai da garota, de 89 anos de idade, foi achado morto a poucos metros do lugar da primeira tragédia. Nesse caso, a polícia prendeu três filhos da vítima que teriam matado o pai para roubá-lo.
Todos os envolvidos na trama são indígenas.
O idoso, identificado depois como Alonso Cabreira havia saído de casa na sexta-feira (25) e não retornado. Ele disse a familiares que ia fazer um empréstimo no banco. Pelo apurado até agora, o indígena almoçou antes na casa de um dos filhos no dia do sumiço.
Nesta quarta, Alonso foi achado na pedreira, caído no chão com marcas de perfurações no corpo, provavelmente provocadas por faca. Ainda de acordo as investigações iniciais, há a possibilidade de o idoso ter sido morto noutro local e o corpo deixado ali na pedreira.
Inicialmente, o caso tem sido apurado como latrocínio (roubo seguido de morte). No início da tarde desta quarta, a polícia informou ter prendido três filhos do indígena e ainda procura por outros envolvidos..
Também brutal
A menina indígena morava com um dos tios que bebia com frequência. No dia do crime, ele estaria embriagado e os adolescentes invadiram a casa e tiraram a menina de lá com violência. Os implicados na caso também estariam bêbados e teriam forçado a garota a também ingerir doses de cachaça.
Depois, a estupraram. O tio embriagado que havia ficado na casa acordou e saiu atrás da sobrinha. Ao ver a cena, também participou do crime.
Os envolvidos foram capturados pela polícia e confessaram o crime. O tio da vítima foi achado morto na cela no dia seguinte.
Ainda de acordo com a investigação, depois da violência sexual, a menina foi jogada na pedreira de um barranco com cerca de 20 metros de altura e lá morreu. O corpo dela foi achada a umas dez horas depois.
FONTE: CORREIO DO ESTADO