Na manhã desta terça-feira (6), a Polícia Civil de Campo Grande divulgou informações da Operação Luz da Infância 10, em combate ao compartilhamento de pornogragia infantil. Nesta fase, três sujeitos foram pegos em flagrante.
Os criminosos foram identificados por suas profissões em idade, sem nomes divulgados, são eles: um analista de sistemas (34), um bancário (56) e um corretor de imóveis (42).
As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa, realizada na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), com entrevista cedida pela Delegada Anne Karine Sanches Trevizan Duarte, que está à frente da investigação.
Segundo a delegada, todos os criminosos foram pegos em flagrante e confessaram o crime.
No total, eles portavam materiais que acumulam 1,5 GB de imagens e vídeos com conteúdo de pornografia infantil.
“Nós fomos até a residência deles e, no caso de um deles, no seu local de trabalho, e conseguimos localizar os seus aparelhos eletroeletrônicos com o material pornográfico. Tinham vídeos, tinham filmes de pornografia infanto-juvenil”, destaca a delegada.
Ela explica que foi constatado que, em posse desses materiais, eles arquivaram e compartilharam os conteúdos. Em virtude disso, é que foram cumpridos esses mandados de busca e apreensão aqui na Capital.
“Esses alvos foram levantados pelo nosso Núcleo de Investigação Policial, o nosso NIP. Então nós conseguimos chegar até eles através do mapeamento que nós fazemos dos crimes cibernéticos”, explica.
Flagrante
Conforme explicado pela delegada, os criminosos vão responder por seus crimes. Dois deles pelo art. 241B, por armazenar e o outro pelo art. 241A, por compartilhar, ambos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
“Eles foram presos e vão ser encaminhados para audiência de custódia”, destaca a delegada.
Investigação
Segundo a delegada, Anne, há outros alvos sendo investigados e mapeados, mas mais informações sobre isso ainda não podem ser divulgadas.
Ela ainda enfatiza que não há mais espaço para tolerância quanto a esse tipo de crime e que a polícia já possui todos os meios para conseguir mapear quem está utilizando dessas redes.
Mesmo com os criminosos tendo confessado, alguns alegam ter acreditado que não havia problema em apenas olhar os conteúdos.
“Alguns acharam que não teria problema, que só viu por curiosidade e a gente sabe que não viu por curiosidade, a gente sabe que fica armazenado e é constantemente buscado esse tipo de filme e foto”, disse.
Ao longo da investigação, constatou-se, ainda, que um dos alvos tinha criança em casa e a polícia destaca que vai verificar a existência de mais crianças ou de outras pessoas que podem ter sido vítimas e aplicar os procedimentos adequados em cada caso.
FONTE: CORREIO DO ESTADO