O México autorizou a importação de carne bovina do Brasil, como antecipado pelo Estadão/Broadcast. A informação foi confirmada em nota pelo Ministério da Agricultura.
A abertura de mercado foi concluída ontem, após o estabelecimento de protocolos zoossanitários pelas autoridades mexicanas, o acerto dos requisitos do Certificado Sanitário Internacional (CSI) entre os países e a habilitação de plantas pelo governo mexicano.
Com o aval, 34 frigoríficos brasileiros poderão exportar a proteína in natura ao mercado mexicano, segundo o protocolo assinado. Destes, oito já eram habilitados a exportar carne termoprocessada para o México e agora estão aptos a comercializar também o produto in natura, não havendo a necessidade de nova auditoria. Outras 26 plantas receberam habilitação para exportar a carne bovina in natura e serão auditadas pelas autoridades mexicanas.
“É um momento histórico para as relações comerciais brasileiras, especialmente para a carne bovina. O Brasil mostra a potência e a grandiosidade da sua pecuária e a expansão de mercados está se tornando uma grande oportunidade para a retomada do crescimento desta atividade econômica. Habilitar 34 plantas frigoríficas para o México é um sonho de mais de uma década que o Brasil tinha e conseguimos realizar”, disse o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, em nota.
MAIS DE UMA DÉCADA
De acordo com o ministério, a negociação para exportar a proteína brasileira ao México começou há mais de 12 anos. O México já havia permitido neste ano a importação de carne suína in natura.
A abertura integra medidas do governo mexicano para conter a inflação local. Até então, o país, grande produtor de carne bovina, mantinha o mercado fechado para o Brasil por protecionismo e comprava apenas carnes brasileiras de frango e suíno. Além disso, sempre compensou mais para o México importar o produto dos EUA.
A perspectiva dos exportadores é de início imediato dos embarques, não havendo barreiras tarifárias ou restrição de cotas que possam limitar as vendas externas nem grandes dificuldades para habilitação dos frigoríficos.
FONTE: CORREIO DO ESTADO