Estudante de 16 anos de idade do período noturno da escola estadual Sidrônio Antunes de Andrade, localizada em Sidrolândia, distante 64 quilômetros de Campo Grande, foi levado para a delegacia da Polícia Civil da cidade depois que colegas seus o deduraram porque ele portava uma faca na sala de aula. O aluno foi liberado depois, mas o pai que o acompanhava foi encarcerado, pois contra ele havia um mandado de prisão.

O episódio ocorreu ontem à noite, quarta-feira (13). Alunos da sala do garoto disseram à professora que ele estaria armado. O rapaz foi levado até a sala da diretora, mas até ali negava a acusação.

Policiais militares foram acionados e, ao revistarem o menino, acharam uma faca que ele escondia perto do pé. Antes, o garoto disse aos PMs que não carregava arma alguma.

Os policiais só podem fazer a revista em alguém sem mandado se houver indícios que justifiquem a suspeita de porte de arma. Como os PMs desconfiaram da versão do aluno, pediram a ele para revistarem.
A faca tinha uma lâmina de ao menos 15 centímetros. Daí, o aluno disse que a arma seria um meio de proteger-se, ou seja “se defender”.

O pai do garoto foi chamado para acompanhá-lo até a delegacia. Já no início da confecção do boletim de ocorrência um incidente inesperado. Minutos depois de citar o nome ao escrivão que preparava o BO, o pai recebeu voz de prisão. Não em razão do filho armado.

É que havia contra ele um mandado de prisão por conta de pensão alimentícia atrasada. Até por volta das 16h30 minutos, ele permanecia na delegacia e seria transferido a uma outra unidade prisional.
Com o pai preso, a mãe do aluno foi chamada para acompanhar o depoimento do filho.

Ela e o aluno saíram da delegacia depois de assinar o chamado Termo Circunstanciado de Ocorrência, o TCO, registro de episódio reconhecido como infração de baixo potencial ofensivo.

O Correio do Estado quis saber detalhes do BO, como por exemplo o que deve acontecer com o adolescente achado com arma na sala de aula, mas a delegada de plantão afirmou que não poderia fornecer informações.

Ocorrências envolvendo alunos estariam centradas na Sejusp, Secretaria de Justiça e Segurança Pública ou comando da Polícia Civil. Até o fechamento deste material, o caso ainda não tinha sido comentado pelas autoridades ligadas à segurança pública.

As escolas estão em alerta desde o ataque a uma creche de Blumenau (SC), que causou a morte de quatro crianças. Desde então, duas semanas atrás, tem crescido o número de denúncias de supostos atos violentos que iriam ocorrer nas escolas.

Contudo, segundo a PM de Mato Grosso do Sul, quase todos os alarmes foram identificados como falsos, insuflados por fake news.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO