Instalada nesta última quinta-feira (25), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8 de janeiro terá Soraya Thronicke como a única parlamentar pelo Mato Grosso do Sul nos trabalhos da CPMI, após a senadora ter recolhido assinaturas e tentado – sem sucesso – emplacar CPI para apurar os atos democráticos registrados em Brasília neste ano.

Vale ressaltar que o plano de Soraya só foi frustrado por um motivo regimental, já que logo no dia seguinte aos ataques a parlamentar já protocolou um pedido, juntando ainda 38 assinaturas de demais senadores.

Sendo que o próprio presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, foi reconduzido ao cargo só 23 dias depois, em 1º de fevereiro, o pedido de Soraya passou a constar como feito ainda em legislatura passada, assim, desconsiderado.

Com isso, o pedido foi negado pelo presidente do Senado, sendo que Thronicke recorreu até mesmo ao Supremo Tribunal Federal (STF) para emplacar sua CPI contra os atos, classificados como antidemocráticos.

Houve ainda um prazo dado pelo presidente do Senado, para que as assinaturas fossem retificadas na atual legislatura, mas foram mantidas apenas 15, das 27 necessárias, conforme abordado pelo Correio do Estado.

CPMI 8 de janeiro

Ainda na segunda semana de maio, o Correio do Estado adiantou a participação de Soraya Thronicke na Comissão, sendo indicada pelo UNIÃO BRASIL para essa CPMI, inclusive como reconhecimento do próprio partido pela tentativa de instalar uma CPI.

“Assumo o compromisso de buscar a verdade e os responsáveis por financiar, incentivar e serem os mentores intelectuais pela invasão e depredação dos edifícios-sede dos Três Poderes. Vamos levar esta investigação com seriedade, precisamos defender nosso bem maior, que é a nossa democracia!”, disse a senadora douradense.

Agora, para apurar a invasão, atos de ação e omissão ocorridos em 8 de janeiro de 2023, nas Sedes dos Três Poderes da República, em Brasília, os trabalhos devem durar pouco mais de quatro meses (180 dias).

 Na presidência aparece Arthur Maia (UNIÃO-BA), enquanto a comissão é vice-presidida por Cid Gomes (PDT-CE). Ainda, houve a instituição de Magno Malta (PL-ES) como 2º vice-presidente e de Eliziane Gama (PSD-MA) como relatora, mesa essa eleita com apenas dois votos contrários.

Como ressalta a Agência Câmara de Notícias, deputados governistas apontam para o papel de “esclarecer uma tentativa de golpe” – que teria começado ainda em 2022 -, enquanto a oposição busca investigar possível omissão e facilitação aos ataques observados.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO