A questão indígena é um tema recorrente no plenário sul-mato-grossense. Durante a sessão plenária desta terça-feira (16), os deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), comentaram fala que houve na visita do presidente Lula do PT (PT) ao Estado, na última sexta-feira (12).

O deputado Pedro Kemp (PT) registrou a vinda do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Lula (PT), unidade do frigorífico JBS. “Veio fazer a abertura do mercado da China para a carne do Mato Grosso do Sul e isso vai significar um aumento muito significativo para a exportação do mercado para aquele País. Haverá aumento de geração de emprego e renda, porque a capacidade de produção daquele frigorífico irá dobrar”, afirmou.

Sobre a questão indígena, o deputado relatou fala de Lula, dirigida ao governador Eduardo Riedel. “Ele convidou o governador Riedel a buscar uma solução para o conflito indígena, procurar uma terra a ser desapropriada e custeada pela União para ampliar a reserva indígena de dourados. Sinalização importante para dirimir esse conflito, solução tranquila e pacífica e espero que com a participação da comunidade indígena”, destacou o deputado Pedro.

Para o deputado Pedrossian Neto (PSD), há outras questões a serem consideradas. “Considero que depois de 30 anos de conflito, comprar outra fazenda não é uma forma correta de tratar essa questão, cumpra-se a lei, indenizar produtores rurais que tiveram suas terras invadidas, julgamento do marco temporal. Confisco não! Não vamos aceitar remendo, os produtores rurais devem ser tratados de forma correta”, exclamou.

Na oportunidade, o deputado Gerson Claro (PP), presidente da ALEMS, manifestou-se sobre o assunto. “Quando uma ação é de Estado, não podemos interpretar como ação de Governo, política partidária e posicionamento ideológico e extremista, que atrapalhe qualquer gestão, o Governador e o Presidente estão de parabéns, o presidente não é da direita ou da esquerda, é presidente do Brasil e Mato Grosso do Sul segue no rumo do desenvolvimento como o anúncio da transição energética, produção de laranja e a venda da carne para a China”, completou.

Na tribuna, o deputado Zé Teixeira (PSDB), falou sobre a questão indígena, que existe aqui em Mato Grosso do Sul, há cerca de 30 anos. “Parabenizo também o presidente Lula por ter vindo em Mato Grosso do Sul, o compromisso dele em ajudar o setor do País que sustenta o Brasil. Nós temos que fazer jus a melhor ministra que houve nesse país, que administrou para rico, pobre, classe média, titulou terras na reforma agrária. O que mais precisamos do presidente é dar dignidade ao pobre, ao médio, ao rico, às pessoas que produzem”, elencou.

“Em relação à questão indígena, discordo plenamente do deputado Pedro Kemp. Em 1923, os índios eram proprietários da terra, cada etnia recebia um título emitido pelo Governo igual qualquer produtor rural. As famílias cresceram e o tamanho da terra é um só. Não há necessidade de procurar terra, e sim acertar com as famílias de terras invadidas e pagar o título da terra. Não existe presidente para dois tipos de pessoas. Ele deve governar para todos”, detalhou o deputado Zé Teixeira.

O deputado Lidio Lopes (Patriota), reiterou a importância do assunto. “Essas questões nos preocupam. Desde que vim para a Casa de Leis a reforma agrária e as pessoas encima de terra sem a mínima estrutura, sem fazer nada, me preocupava. A titulação de terras feita pela ministra Tereza Cristina foi muito importante. É necessário sobreviver trabalhar com dignidade, e só apenas dar a área sem dignidade para as pessoas, não adianta”, disse.

 

FONTE: ALEMS