Treinamento acontece em um momento de modernização do perímetro que compõe a zona de segurança do Complexo da Gameleira - Gerson Oliveira/Correio do Estado
Na próxima terça-feira (30), um simulado de “Defesa Combate em Torre” traz para treinamento das forças de segurança da Penitenciária Masculina da Gameleira I, exercícios com disparos controlados, com base em técnicas usadas pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e no combate ao “Novo Cangaço”.
Informações repassadas pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) reforçam que, apesar dos disparos em ambiente controlado entre às 16h e 20h da próxima terça (30), esta será apenas uma simulação e não uma situação real.
Conforme a Sejusp, o exercício simulado é batizado de “Plano de Defesa Combate em Torre”, feito na unidade prisional localizada na MS-455, zona rural de Campo Grande, rodovia na qual policiais estarão de prontidão durante as quatro horas de treinamento.
Ainda, esse treinamento acontece em um momento de modernização do perímetro que compõe a zona de segurança do Complexo da Gameleira, ação que consiste em planejamento estratégico e apresentação de plano-piloto.
A Pasta estadual expõe também que, participando do simulado, estarão presentes, além de instrutores da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen):
- Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE)
- Batalhão de Choque da Polícia Militar
- Corpo de Bombeiros Militar,
- Polícia Rodoviária Federal (PRF) e
- Guarda Civil Metropolitana de Campo Grande,
Ainda, eles frisam que todo o processo se baseia em protocolos já praticados internamente pela Secretaria Nacional de Políticas Penais no Sistema Penitenciário Federal.
Cabe destacar que – considerada a “tropa de elite” da polícia -, serão repassados os protocolos do próprio BOPE, que atua em combate às práticas do denominado “Novo Cangaço”, criminosos especializados em ataques a instituições financeiras e explosões de carros-fortes.
Importante reforçar que – durante a ação – a entrada e aproximação de terceiros, que não estão ligados à ação, está proibida pelas forças de segurança de Mato Grosso do Sul.
Ronda criminosa
Nessa região de zona rural, mais de mil internos cumprem pena no semiaberto do local, e há tempos as condições precárias de segurança da Gameleira tem sido reforçadas, inclusive pelo presidente do sindicato dos policiais penais de Mato Grosso do Sul, André Santiago.
Há cerca de um ano o local passou pela suspeita de possível atentado e execução contra internos do semiaberto, após dois homens serem presos – e outros dois fugirem – com quatro pistolas, flagrados circulando em um carro nas proximidades do Centro Penal.
Ainda que não tenha terminado em invasão ao presídio da Gameleira, houve ronda policiais até mesmo por parte do Grupamento de Escolta Penitenciária (GEP).
“Isso serve de alerta porque isso demonstra que o servidor está correndo risco e demonstra fragilidade da segurança. Espero que com esse susto, as coisas mudem”, disse Santiago à época.
FONTE: CORREIO DO ESTADO
