A maioria dos lojistas de Campo Grande estão otimistas com a aproximação do Dia das Mães. A data, que este ano será comemorada no dia 11, historicamente é a segunda principal data comercial do ano, atrás apenas do Natal. Entre os gestores e proprietários, a expectativa é de aumentar em até 30% as vendas neste período.
Levantamento realizado pela Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) com comerciantes da Capital aponta que 78% dos empresários esperam vender mais no Dia das Mães este ano.
Para Ananias Rufino da Silva, gerente de uma loja de calçados e acessórios, a data comercial e a chegada de dias com temperaturas mais amenas impactarão positivamente a comercialização de produtos.
“Acredito que, com o frio que está chegando, também teremos uma melhora nas vendas de calçados fechados. Além de termos lançado uma promoção que a pessoa compra um produto e ganha um voucher de R$ 100 para gastar até o fim deste mês. O Dia das Mães é historicamente o ‘segundo Natal’, por isso, a gente espera um aumento de 20% a 30%”.
Alba Mendes, proprietária de uma loja de cosméticos e perfumes, tem boa expectativa quanto à data, mas acredita que as pessoas deixarão para comprar em cima da hora. Ela diz que, como estratégia, montou kits presenteáveis que variam de R$ 17 a R$ 300.
“Estou esperançosa de vender mais que no ano passado, estou me preparando para isso. Temos perfumaria, canecas personalizadas, agrego pelúcia, chocolate, cosméticos, etc. Depois do dia 25 de abril, as vendas deram uma caída, mas eu acredito que a partir do quinto dia útil vamos ter um aumento”, diz.
Gerente de uma loja de móveis e eletrodomésticos, Ronildo Silva disse ao Correio do Estado que já nos primeiros dias deste mês houve uma alta de 5% nas vendas. “O que nós buscamos é um crescimento acima dos 12% para este mês. Historicamente, os celulares e as lavadoras são os produtos que mais saem”.
Empresária de uma loja de roupas focada no público feminino, Camila Gomes corrobora que a mudança de mês já trouxe uma vertente positiva.
“Desde a semana passada, a procura antecipada para o presente do Dia das Mães já foi bem legal. Acredito que [a alta nas vendas] seja algo de expectativa nacional, tanto que estou no Brás [São Paulo] e está extremamente lotado, em virtude dos preparativos para a data”, afirmou a lojista.
Responsável por uma loja de uma grande rede focada em perfumaria e cosméticos, Naely Emily destacou que aguarda uma alta de pelo menos 20%.
“Nossa expectativa está bem grande nessa data, principalmente depois desta quarta-feira. A estimativa é de vender R$ 300 mil, e em média vendemos de R$ 200 a R$ 250 mil. A expectativa é de que vai ser melhor que o ano passado”.
Mais cautelosa, Sueli Padovani, proprietária de loja de roupas, afirma que se alcançar a mesma margem de vendas registradas no ano passado já ficará satisfeita.
“A expectativa é grande, estamos preparados com mercadoria, porém, as vendas caíram muito esse ano, o mês de abril surpreendeu muito negativamente, mas vamos esperar o melhor. Este ano está sendo atípico, uma caixinha de surpresas, porque a nossa economia está em baixa, com certeza por conta do governo”.
PESQUISA
Ainda conforme a pesquisa da ACICG, a maioria dos empresários da Capital (37,50%) acredita em uma alta entre 11% e 20%, enquanto 22,32% dos entrevistados avaliam que podem superar as vendas em até 10%.
Outros 18,75% dos empresários estão ainda mais otimistas e estimam que as vendas terão aumento superior a 21%, em comparação ao mesmo período do ano passado.
Para 19,64% dos entrevistados, o volume de vendas deve se manter no mesmo patamar de 2024. A pesquisa também mostrou que apenas 1,79% tem expectativa de queda nas vendas este ano.
O levantamento aponta que, em relação ao ticket médio dos consumidores, a maior parte dos empresários (60,71%) espera vendas entre R$ 101 e R$ 200. Outros 28% acreditam que o valor do presente será entre R$ 51 e R$ 100, enquanto pouco mais de 10% projetam gastos acima de R$ 200. Menos de 1% estima que o investimento dos clientes será até R$ 50.
Para alavancar as vendas, 99,11% dos respondentes afirmaram que farão alguma ação para a data. As principais estratégias apontadas foram facilitar prazos de pagamento (40,18%), criar promoções (36,61%), ofertas exclusivas (19,64%) e investimento em redes sociais (17,86%).
De acordo com o presidente da ACICG, Renato Paniago, o Dia das Mães continua sendo uma data-chave para o comércio, com potencial para impulsionar o desempenho econômico do setor no segundo trimestre.
“O empresário está mais animado para o Dia das Mães deste ano. A classe está se preparando para isso com promoções, condições de pagamento mais fáceis e boas ofertas. É uma data que mexe com o coração das pessoas e com o movimento nas lojas. Quem trabalha com presentes, moda ou serviços tem tudo para aproveitar bem esse momento”, analisa Paniago.
ESTADO
Por outro lado, a pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio-MS (IPF-MS) e pelo Sebrae-MS aponta uma movimentação financeira menor para a data. O levantamento estima a movimentação de R$ 448,30 milhões no período do Dia das Mães, uma queda de 5% em relação ao ano anterior.
Apesar da queda no valor, este ano mais pessoas vão presentear suas figuras materna (75,93%), em relação a 2024 (71,16%).
“Isso é positivo para o comércio, apesar de o cenário mostrar consumidores mais cautelosos, mas é uma data que todos ainda fazem questão de celebrar. Entre comemoração e presentes, a previsão é de que o gasto médio gire em torno de R$ 420,78. O Dia das Mães é a segunda melhor data para o comércio”, afirma a economista do IPF-MS, Regiane Dedé de Oliveira.
Entre os presentes mais citados estão sapatos (24%), bolsas e acessórios (23%) e perfumes e cosméticos (23%), e a maioria das compras será realizada no centro das cidades.
PANORAMA DE VENDAS
Comerciantes de Campo Grande estão otimistas com o Dia das Mães
78% dos empresários esperam vender mais no Dia das Mães deste ano;
37,50% acreditam em uma alta nas vendas entre 11% e 20%;
22,32% dos entrevistados avaliam que podem majorar as vendas em até 10%;
18,75% dos empresários estão ainda mais otimistas e estimam que as vendas subirão mais de 21%;
1,79% tem expectativa de queda de vendas este ano;
60,71% esperam vender um ticket médio entre R$ 101 e R$ 200;
28% acreditam que o valor do presente será entre R$ 51 e R$ 100;
10% projetam gastos acima de R$ 200.
FONTE: CORREIO DO ESTADO