Em busca de previnir complicações causadas pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR), o Ministério da Saúde decidiu incorporar ao Sistema Único de Saúde duas tecnologias de prevenção.

A estratégia irá acrescentar ao calendário de vacinação o anticorpo monoclonal nirsevimabe, que é indicado para proteger bebês prematuros e crianças de até 2 anos de idade nascidas com comorbidades, e também da vacina recombinante contra os vírus sinciciais respiratórios A e B, aplicada em gestantes para proteger o bebê ao longo dos primeiros meses de vida.

“A medida faz parte de uma estratégia para reduzir a mortalidade infantil associada ao vírus, por meio da imunização ativa de gestantes e bebês prematuros”, afirmou o Ministério da Saúde, em nota.

De acordo com o Ministério, o nirsevimabe é um anticorpo monoclonal que fornece proteção imediata contra o VSR, sem a necessidade de estimular o sistema imunológico da criança a produzir os seus próprios anticorpos.

Já a vacina recombinante contra os vírus sinciciais A e B estimula uma resposta imunológica da mãe, fazendo com que a criança recém-nascida receba anticorpos ainda na gestação, proporcionando proteção nos primeiros meses de vida, que é o período de maior vulnerabilidade.

O VRS é uma das principais causas de infecção respiratória grave em bebês até seis meses de idade, incluindo quadros de bronquiolite.

Até agora, foram registrados 835 casos confirmados de Síndrome Respiratória Aguda Grave e outros 187 estão em investigação. Destes, 315 são casos de VSR.

Foram registrados, também, 118 óbitos confirmados pela Síndrome, sendo 9 causadas pelo Vírus Sincicial , 43 pelo vírus da Influenza e 10 pelo vírus da Covid-19.

Em Campo Grande, crianças de 1 ano ou menos são responsáveis por 29,4% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em 2025.

Nacional
Segundo a Secretaria de Atenção Primária à Saúde, o VSR é responsável por cerca de 80% dos casos de bronquiolite e até 60% dos quadros de pneumonia em crianças menores de 2 anos.

A estimativa é que uma em cada cinco crianças infectadas pelo vírus precise de atendimento ambulatorial e que uma em cada 50 seja hospitalizada nos primeiros 12 meses de vida.

Vacina
O nirsevimabe e a vacina recombinante contra os vírus sinciciais A e B estão disponíveis em redes particulares de saúde e laboratórios. Porém, na rede pública de saúde, estas específicas, não.

Até agora, a principal opção disponível para a prevenção do VRS no SUS é o palivizumabe destinado a bebês prematuros extremos, com até 28 semanas de gestação, e crianças com até 2 anos de idade que apresentassem doença pulmonar crônica ou cardiopatia congênita grave.

A vacina nirsevimabe deve estar disponível no SUS a partir do segundo semestre de 2025.

O Correio do Estado entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Campo Grande para saber quando a vacina chegará na Capital, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.

Influenza
Foram aplicadas 220.991 doses da vacina contra a Influenza, o que corresponde a 40,11% da cobertura vacinal. Destas, 89.898 doses foram aplicadas na população alvo.

A vacina está disponível para toda a população da Capital a partir de seis meses de idade, nas unidades de saúde.

 

FONTE: CORREIO DO ESTADO