A Polícia Civil de Caarapó, juntamente com a Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), prendeu um pastor de 50 anos acusado de estuprar suas netas, enteadas e filha, todas menores de idade, em Dourados.
Segundo a investigação, o homem foi denunciado pela primeira vez em 2015, do qual ele se “beneficiava” do cargo religioso para amedrontar as vítimas e impedir que as acusações contra ele fossem feitas, dizendo que ninguém acreditaria nelas pelo fato dele ser um pastor conhecido na comunidade.
A Polícia Civil chegou ao conhecimento do caso após a adolescente de 15 anos apresentar más condições escolares e, após ser questionada acerca dos motivos, ela contou a violência sexual que vinha sofrendo.
Essa primeira fala dela deu abertura para a irmã mais nova, de 10 anos, e a prima, de 14 anos, também denunciarem o pastor, no caso, o marido da avó delas. Com o relato das filhas, as mães delas revelaram que o homem as violentava quando criança, ou seja, estuprava suas próprias filhas.
Ao todo, cinco vítimas da família do pastor foram ouvidas na DAM. Hoje, a delegacia especializada tomou conhecimento que o homem estava foragido em Caarapó, cidade a 53 km de Dourados, onde originalmente aconteceu todos os casos.
A Polícia Civil contatou a DAM local para confirmação da localização e captura do autor, já que havia Mandado de Prisão em aberto. Ele foi encontrado, preso e encaminhado ao sistema prisional. A ação fez parte da Operação Shamar, deflagrada pela Polícia em prol das mulheres vítimas de feminicídio e agressão.
Pena
Segundo o artigo 217 do Código Penal, praticar conjunção carnal ou outro ato libidinoso com menores de 14 anos prevê reclusão de 8 a 15 anos. Porém, caso aconteça lesão corporal grave, a pena sobe para 10 a 20 anos e, caso resulte em morte da vítima, a pena máxima de 30 anos pode acontecer.
Agora, caso a pessoa violentada tenha entre 18 e 14 anos, a reclusão do agressor varia de 8 a 12 anos e, se resultar em morte, de 12 a 30 anos de pena.
FONTE: CORREIO DO ESTADO